Eu não aguento mais. Apenas em uma semana, eu consegui o ilustre feito de perder duas amizades. Ou melhor, acabo de perder a terceira. Me pergunte se eu tenho culpa e eu respondo-lhe que não. Neste momento, neste minuto, a imagem de uma pessoa bastante chata - e que não admite os próprios erros - toma conta de seu pensamento. Mas eu advirto: não sou esse tipo de pessoa; muito pelo contrário, tenho a incrível qualidade de pôr à mesa tudo aquilo que se passa por esta cabeça, ou por este coração. Mas, sendo um pouco racional, esse talvez seja o meu maior defeito, e não qualidade, como eu sempre pensei.
Mas, sendo racional por outro lado, isso é SIM uma qualidade. Pensemos bem: ao falar tudo o que pensamos, estamos apenas revelando o nosso ser real, quem somos de verdade; talvez - não afirmo por não ter a idiota ideia de julgar ninguém, como fez bem duas dessas amizades passadas - elas nem ao mesmo mostram o que sentem de verdade, sabe-se lá o que pensam as pessoas! Mas uma coisa eu lhe digo, com toda a certeza: uma pessoa que diz morrer de amores por você, que diz - mesmo que todo o curso - que você é alguém na vida dela, mas se contradiz todo santo dia com as próprias atitudes ou mesmo não-atitudes, não simboliza um amigo e, sim, uma farsa. Sem contar ainda que alguém que o julga por uma palavra ou frase que você tenha dito não é o alguém de que você precisa ao seu lado, considere-o um ninguém.
Então, você deve tomar muito cuidado com as pessoas que o rodeiam, mesmo que tenha bastante consideração e confiança por todas elas, desde seu colega de trabalho a seu pai, mãe, filho, ou mesmo melhor amigo. Porque eu lhes digo e alerto: tive enormes decepções essa última semana, cujos mentores foram exatamente as três pessoas que eu jamais pensei que chegariam aos pés daquelas atitudes. Mas, mesmo com tudo isso, eu lhe digo que não se deve se sentir rebaixado, reprimido ou muito menos triste, pois, afinal, não vale a pena sofrer por causa de pessoas que, no fundo, não têm o privilégio de ser a causa disso tudo.
Cuidado.
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